Dizem, falam, contam histórias sobre a morte.
Para muitos de nós, a morte é o Kraken da vida, vivemos em constante medo de morrer, de não fazermos o que tanto desejávamos fazer, de fazermos o que não queríamos de todo fazer. Para mim, a morte não é tão assustadora assim.
Eu não acredito num Inferno ou num Céu, eu acredito que estes lugares fictícios foram criados pelo homem como metáforas para fases da sua vida, sendo o Inferno o ultimo estádio da sua vida, a morte.
A morte é apenas um ritual, um ritual extremamente poético, na minha mente, mas apenas um ritual de passagem entre o existir e o não existir. Acontece num meio negro, onde há o véu branco e leve, o vento, a pessoa a ser levada da vida e a inexistência, por fim...
Sempre admirei a metáfora de paz que a morte transporta consigo, apenas no fim de mortos conseguimos atingir um estado de inexistência, e por sua vez, um estado total de paz. Não acredito que se consiga atingir um estado de paz total em vida, existirá sempre conflito, daí esta certa poesia que a morte traz consigo: finalmente paz total - se não num estado consciente, então num estado inexistente. E antes num estado inexistente, do que em estado nenhum.
Dizem, falam, contam histórias sobre a morte, mas não é a morte apenas um fim? E não é com fins que vêm novos princípios? Quero acreditar que sim, quero acreditar que depois de uma morte, venha algo extraordinariamente bom, como paz, finalmente, paz...
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