Nem sei se sabes

Já nem sei que te dizer, porque simplesmente não é normal, porque já se me esgotaram as palavras, porque já foste meu, já te tive e agora, simplesmente já não és… já não sei que dizer, se já nem sabes que fazer.

Nem um olá te dignas a dizer-me, nem um olhar trocamos, e isso provoca em mim uma dor, isso magoa-me fisicamente, e depois, depois dás uns indícios de me querer e, ao mesmo tempo, dás uns indícios de não teres memória de mim. Perdi a vontade de lutar, perdi a vontade de falar contigo, porque tu já não me dás resposta, perdi o alento de te dizer que te amo, porque tu não dizes nada, NADA.

Não quero ouvir-te dizer não, daí ter ido falar contigo, porque ouvir um não sair da tua boca é como que um buraco negro a sugar-me toda a energia, toda a minha felicidade.

Tinha tanto medo de te perder, e foi esse medo que me fez errar, porque eu fui tentar evitar males maiores, e tu ficaste indiferente, eu tentei falar contigo e tu, indiferente ficaste, mas depois eu, que não te queria perder, perdi-te para sempre. E tu, em vez de seres minimamente sensível em relação àquilo que sinto, tu ficaste completamente calado, indiferente… sempre soube que nada sentias por mim, mas tu, tu que te dizias com dúvidas, ignoraste-me, ignoraste alguém que te quer bem, alguém que te ama mais que tudo e tu que prometeste não me magoar, tu que prometeste proteger-me, abandonaste-me, magoaste-me e não me protegeste.

Por isso te perguntei se tínhamos sido um erro, porque tu ages como se fosse, tu ages como se a culpada de não sentires nada por mim, fosse eu, tu ages como se eu tivesse cometido um crime ao perguntar-te se fomos um erro. Não te percebo, ora és um querido, ora és um traste…

Dizes que perdeste o encanto por mim, e eu percebo isso, mas será que percebes que eu cada vez gosto mais de ti? Que cada vez mais me sinto burra por gostar de ti, mesmo quando tu és assim para mim?

Amo-te, nem sei se sabes…