Nesta rua infinita, nesta estrada sem fim, neste mundo incompleto, neste Universo por descobrir há um sinal de vida, há um sinal de beleza, há um sinal de luz. Um sinal maior que todos os buracos negros, um sinal mais brilhante que as super-novas, um sinal mais bonito que fogo de artificio. Nada se compara a este tão ofuscante indicio de vida, nada se compara a este tão bonito pedaço de luz.
Tudo à volta pára apenas para ver este tão minuciosamente belo abraço de felicidade. Tudo à volta pára apenas para olhar para esse sinal de beleza mais bonito que fogo de artificio.
Eu olho em meu redor, procurando esse tal sinal, mas não encontro. Eu olho à minha volta mas não vejo nada, nem ninguém. Eu olho à minha volta e tudo aquilo que quero ver, desapareceu. Eu olho à minha volta e vejo apenas uma brilhante luz branca. Nada mais, apenas uma luz ofuscante branca. Pergunto-me se será este o sinal. A luz branca aproxima-se de mim, e começa a ficar mais forte, mas mais pequena... Eu começo a ver outras coisas à sua volta, parece quase um rosto. Um rosto belo, mas ao mesmo tempo parece algo rústico quase rude, até.
A luz aproxima-se mais e mais, aquele quase rosto vai-se também aproximando. E aquele sinal, aquela força que fazia com que tudo e todos parassem, era afinal, um sorriso. Um dos mais belos sorrisos conhecidos pela humanidade, e talvez até o mais poderoso, porque apenas aquele sorriso fez com que tudo parasse, fez com que a beleza deixasse de ser bela, a luz deixa-se de ser luminosa, a vida deixa-se de ser vivida. Fez até com que o mundo se completasse, a rua fosse finita, a estrada acabasse e o Universo se descobrisse.
Esse sorriso, ainda hoje me deixa sem Norte. Esse sorriso, ainda hoje me faz pensar. Esse sorriso, ainda hoje me faz vaguear nas ruas da minha mente. Esse sorriso, ainda hoje o vi.
No comments:
Post a Comment