Chegaste, sorriste, fizeste-me sorrir, disseste olá, foste embora e contigo levaste a
minha inocência. A tal inocência de que
tantas vezes te falei, aquela tal tão importante para mim, aquela que
disseste nunca levar.
No pouco tempo em que estiveste comigo, no pouco tempo em
que foste uma pessoa com sentimentos,
fizeste-me acreditar na felicidade, fizeste-me
acreditar que a tua realidade era a correcta, e prometeste nunca levar a
minha inocência.
As palavras são escassas para descrever este sentimento que
tive dentro de mim quando te vi afastar de mim, com a minha inocência no bolso. Eu vi, eu vi-te a roubares-me da
minha inocência, tão privada que era, tão indescritível. Foste-te embora com a
minha inocência no bolso e nunca mais voltaste, e eu rezei, eu rezei para que voltasses.
Despiste-me da imensa
vergonha que tinha, roubaste-me a única coisa que tinha e depois, depois foste
embora.
Eu ainda pensei que aquilo que sentia era amor, mas não, não
era, era uma paixão aterradora, uma vontade de te abraçar e de não mais te
largar, um desejo de te agarrar e perder-me nos teus braços. Mas nada disso
aconteceu, nem sequer me deste tempo de
te amar, apenas me querias para roubar, e assim foi.
Costuma-se dizer chegar, ver e vencer tu foi
mais chegar,
roubar e ir embora.
No comments:
Post a Comment