*smile*

My photo
I love music, theatre, photography, figure skating, life, peace, New York, british accent, 'The Lord of the Rings', ice-cream, cupcakes, summer, sea, snow, Jesse Tyler Ferguson, Neil Patrick Harris, Jamie Bamber, Matthew Rhys and CHOCOLATE. That's pretty much me.

26 October 2015

Livre, livre mente

Odeio que isto seja uma possibilidade. Odeio que mal tu te vejas livre, eu sinta esta força imensa para me englobar a ti. Odeio sentir-te cada vez mais perto, quando estás tão longe.
Não gosto de me sentir presa a nada, a ninguém; mas tu com o teu olhar malandro, o teu paleio desconcertante e o teu sorriso encantador, dão cabo de mim. Sou insana por proximidade, nem que seja proximidade de corações. Isto não é saudável, nada disto o é, tu não és saudável para mim, mas fazes-me tão bem. Contigo sou livre de mim mesma, e presa a ti. Não me preocupo em ser quem não sou, conheces-me demasiado bem. Contigo, sou uma só, uma inteira. Não me fragmento, não me duplico.
Este tango que dançamos há já anos deixa-me irrequieta, porque eu sei, eu sei que sempre que falamos ficas com a pulga atrás da orelha, ficamos os dois. Ficamos os dois à espera que o outro faça ou diga alguma coisa, e nunca ninguém diz. E nunca ninguém faz. Assim vivemos, durante anos, e assim viveremos até ao dia em que isto acabe de vez.

Não sei o porquê de estares livre, de estares finalmente sozinho. Alguma coisa aconteceu, e tu não me dizes o quê, não queres dizer. Não tens de dizer. Afinal, não me és nada. Só sei que estar livre é um estado de espírito, estar livre é uma escolha que se faz. E tu não o estás, tu não és livre de mim. Tal como eu não sou livre de ti. Somos os dois, dependentes um do outro. E é isso que tu me és. És a minha dependência. És o meu vício. 

10 July 2015

Unfinished Ending

This is a story of a man and a woman. It does not have a happy ending. It ends, as so many other stories, in the abrupt goodbye of two people who are perfect for each other in all accounts, but can’t be together because they live in different parts of the world.
Once upon a time, a young woman met a young men. She is not one of those helpless women who desperately needs a man to be happy, on the contrary, she is very content in being alone. He is not your usual young man. He’s been through some difficult relationships and he’s fought his way back to where he is. They met on a very special setting, a neutral setting, one might say. They were both on holiday with friends. That’s where they met.
She didn’t find him all that interesting, at first. She thought he was one of those regular boys. One night stand boys. One of those boys that fucks every girl they see, without even kissing them goodbye, when they call for a cab, at 3am. He thought she was an obnoxious bitch. Someone who thought they could get away with anything. They didn’t talk for a while. In fact, she was talking with one of his friends when he realized she was interesting, and worth getting to know.
He injected himself in the conversation. He learned about her. He found himself listening to her and ignoring girls who were throwing themselves at him. At everyone, really. When his friend went to get a drink, they started talking, just the two of them. It made sense. They completed each other. They liked the same things and wanted the same things. He kissed her. He kissed her the way she needed to be kissed. The way she wanted to be kissed. She kissed him back. She kissed him with all of her heart. She gave him everything he wanted. Everything he could ever need. Everything she had.
They spent the night together. Not in the biblical sense. They went to his hotel room and talked. Just talked and kissed and hugged and talked some more until 7am. The sun was rising and love was on the horizon when they finally drifted off in each other’s arms. There was no calling a cab at 3am, or slipping off in the midst of darkness. They slept until they both woke up, naturally. They got up and got dressed. They had discussed spending the day together, but because he was going home that night, she thought it would be too hard, so they said their goodbyes… they kissed. The longest and deepest kiss they ever shared. Their last kiss. She went away and he went back. They never saw each other again. They never talked again. In the air between them, stayed the promise she made him, the promise he made her do, seconds before turning away:
                “Remember me.”

                “I will.”

14 February 2015

Amarelo

Estou tão orgulhosa dele. Ninguém tem a noção do quanto eu quero que ele seja feliz, porque ele me faz tão feliz. Ela fá-lo tão feliz. Ele já passou por tanto, por mim, comigo, e sempre que preciso, ele está lá, por mim, para mim… A felicidade dele é das coisas mais importantes para mim, eu dava a minha vida se isso significasse que ele ficaria feliz.
Não sei, nunca soube, ser tão querida para ele, como ele é para mim, mas ele sabe o que sinto por ele, ele tem de saber. Ele é, continua a ser, mesmo mal falando, o meu melhor amigo, porque é com ele que conto quando me sinto triste, é a ele que quero contar as minhas felicidades. É o melhor amigo que eu alguma vez podia pedir, e eu nunca pedi.
Ouvi-lo chamar-me de amora é o melhor de sempre, porque é só nosso. Ouvi-lo contar as suas histórias é extraordinário porque ele tem o maior sorriso na cara, quando fala de grutas, ou da Laura ou de mim. Ou pelo menos, já assim foi. Em tempos, quando falávamos todos os dias, quando éramos um só, quando sabíamos o que o outro estava a pensar, sem dizer uma palavra, eu sentia o maior orgulho vindo dele. Ele sempre soube quem eu era, ele nunca me deixou, mesmo vendo os meus lados mais negros.

Ele deu-me tanto. Pedaços dele ainda vivem dentro de mim. Pequenas coisas que disse ou fez. Desenhos que ainda tenho guardados. Fotografias por ele tiradas, que para mim significam tudo. Ele é a única coisa certa na minha vida. A única felicidade constante. O único amor incondicional. Eu posso contar com ele até morrer, e ele comigo pode contar até morrer. Somos assim, incondicionais um do outro. Somos um pelo outro. E por ele, eu faria tudo. E a quem o magoar, eu faço de tudo. 

17 December 2012

O Vazio De Ser Livre


Deito-me no chão frio, vejo o mundo girar nesse canto de gelo, sinto o sol a bater noutro lugar que não o meu. Tento fugir, a adrenalina ao máximo, fecho os olhos e sei que de nada fui capaz, até a liberdade se escapou, até a luz das velas se apagou. Sou livre mas não o estou, estou presa a mim mesma, dentro de um mundo cinzento, coberto de mantos frios, ouço a minha voz, sinto a minha pele, quero que o mundo se pinte, quero céus de todas cores, quero uma luz ao fundo do túnel, quero um mundo com início e sem fim... Quero uma janela por onde possa espreitar, quero que me vejam, sem ter que me olhar, quero uma coisa perdida no fundo do mar, quero saber porque tudo continua assim, quero encontrar aquilo que foi perdido, aquilo que perdi de mim. São sonhos que nunca desaparecem, mas que só se mostram quando tento não adormecer, é como aquelas histórias que a minha mãe contava quando tinha que dormir: a uma determinada altura, fechava os olhos e mudava-me para um sonho.
Acordo e pergunto-me como tudo correu mal, sou eu quem vais culpar? Abro os olhos e vejo um calor vindo do nada, será que tudo vai acabar? Corri o mundo para ver todas as sensações, fintei as dores para ter tudo de mim, fugi de tudo por ti para saberes o quanto eu te quero; agora sou livre de tudo e nada deixo. Quero um mundo, quero as dores, quero as cores, quero as sensações, quero tudo a que tenho direito e mais. Deixei a liberdade para trás, nada posso ter quando estou livre. O vazio da liberdade é o que me prende, é o que me obriga a querer este mundo e o outro, é o que me deixa colada ao chão frio, é do que sou feita: nasci na liberdade e na liberdade morrerei, por isso sou livre; a liberdade prende-me e suga tudo o que de bom trago em mim, por isso não o estou.
Horas passadas neste chão frio e começam as dores a atacar, começa a fome a aguçar as lanças, começa a sede a enxugar o pavimento; e na minha mente cresce algo que se perde em mim, qual criança num vasto verde campo.