Fui habituada, desde criança, a ver desporto. Gosto de tudo,
menos de andebol, desde que não me ponham isso à frente, vejo tudo. desde
ginástica artística, a boxe, passando pelo futebol, pelo rugby, pelo ténis,
pela patinagem (claro) e até pelo futebol americano. Gosto mesmo de desporto,
embora não seja grande fã de praticá-lo.
Sempre fui uma enorme admiradora de futebol, não fosse a minha
casa, uma casa de futebol, quer do lado do meu avô, quer do lado do meu pai.
Podemos dizer que herdei-lhes o gosto. o meu pai costuma dizer que quando ele nasceu
já havia em casa um cão chamado Benfica, nunca teve, por isso, grande escolha,
mas eu tive. o meu avô é sportinguista, a minha mãe também, assim como o resto
da minha família e grande parte da cidade onde vivo. Fui influenciada pelos
dois lados, mas quando tive de escolher, escolhi o melhor, o Benfica, claro!
Mas nunca percebi muito bem o jogo, até ao Euro 2004, obviamente. Esse ano fez
mais pela minha educação futebolística do que todos os professores de Educação
física que já tive.
Para todos nós, o euro 2004 foi algo de inesquecível, mas
para uma criança de 9 anos, ver todo aquele acontecimento era algo do outro
mundo. Foi nesse ano que a minha paixão pelo futebol começou, as bandeiras,
toda aquela emoção, ver Portugal esperançoso, lutador, unido pela primeira vez
foi inspirador. Mas chegámos à final e perdemos, não por falta de oportunidades,
nem por cansaço, apenas por azar. e agora, agora estamos prestes a entrar em
campo contra uma das melhores seleções de futebol do mundo, senão mesmo a
melhor, e eu estou a mil. Para mim desde que seja bem jogado, o futebol é do
melhor que pode existir, é o espetáculo em que todos os olhos estão postos, e é
agora ou nunca.
Ninguém esperava que passássemos o Grupo da Morte, e passámos.
E ninguém estava à espera que ganhássemos à República Checa e ganhámos. E
ninguém está à espera que ganhemos à Espanha, só espero que a saga continue,
mais ou menos, como aqueles episódios de séries que dizem “to be continued”, eu
quero isso… Eu quero ganhar à Espanha, fazer um jogão daqueles, que fique o
mundo todo, parado a olhar para nós, quero que as palavras do Guilherme se
concretizem e que os jogadores agarrem esta oportunidade de fazer Portugal ser
acarinhado por outros mundos.
Dizem que esta é uma nova geração de ouro. Eu não acredito,
esta é a geração de diamante. Temos dos melhores jogadores no mundo, temos O
melhor jogador do mundo. Temos 15 milhões a torcer pela nossa vitória e apenas
15 unidades a torcerem pela nossa derrota. Vamos ganhar porque assim tem que
ser, vamos ganhar porque temos a geração de diamante, digam o que disserem.
Temos o Ronaldo, o Nani, o Hugo Almeida, o Raul Meireles (que ainda vai marcar um golaço), o Hélder Postiga (que ainda vai jogar
na final deste Euro), o João Pereira, o Bruno Alves, o Pepe (o nosso grande
PEPE), o Veloso, o Rolando, o Rui Patrício (que eu acho que ainda não tem
estaleca para a Seleção, mas que até se está a sair bem), o Moutinho, o Nelson
Oliveira, o Coentrão (que se esfola até não ter pele, se for preciso), o
Eduardo e todos os outros… Há que pegar nesta bela equipa e fazer o jogo à moda
antiga, um jogo que mostre do que somos feitos, um jogo em que se grite
“Portugal” até ao fim, podemos perder (eu não quero nada, nada disso) mas ao
menos vamos lutar até ao fim, pah! Somos Portugueses ou quê? Somos heróis do
mar e do estádio de futebol. Somos poucos? Sim! Somos pequenos? Sim! Mas um de
nós vale por 20 mil dos outros, venham o Manuel José, o Platini, o coração do
Eusébio, venha quem vier, estes 15 milhões chegam bem! Somos 11 por todos e
todos por 11!
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