Vi uma flor. Num campo coberto de flores, vi uma flor. Uma pequena e estranha flor. Diferente de todas as outras, diferente na cor, diferente no tamanho, diferente até no aspecto. Esta flor era da mesma espécie das outras, mas era diferente, era… especial.
Todas as outras flores eram iguais, da mesma cor, do mesmo tamanho e feitio e esta era completamente diferente. Houve quem me dissesse que era de outra espécie, podia ser… mas eu não acreditava.
Ia, a este campo, todos os dias. Todos os dias dava um beijo nas suas pétalas terrosas. Até que, passado algum tempo, lhe dei um nome. Sim, dei um nome à flor. Chamei à pequena flor, Amizade. Esta flor fora a única verdadeira amiga que alguma vez tivera.
Passou-se então o verão, e quando todas as outras flores estavam a murchar, com o clima outonal, a amizade cresceu, floriu. De um dia para o outro, ficou maior… as suas pétalas mudaram de cor, ficaram douradas, como o sol, o seu caule ficou verde, forte, como as folhas das árvores. A Amizade ficou linda, esplêndida, como sempre soube que ficaria.
Durante meio ano, as pessoas olhavam de lado esta bela flor, quase que dizendo com os olhos “esta é feia!” E eu sempre pensei que ficaria linda. E assim, foi. A minha flor coberta de lama, quase assustador, tornou-se na mais bela flor do campo. Demorou algum tempo a florir, mas assim que desabrochou, nunca mais murchou. Ficou linda, para sempre, ao contrário das outras flores. A isto se chama Amizade.
No comments:
Post a Comment